Barreiras de acessibilidade e mobilidade urbana para atendimento em centro especializado de reabilitação física
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Palavras-chave

Liberdade de Circulação
Acessibilidade Arquitetônica
Centros de Reabilitação
Pessoas com deficiência
Limitação da mobilidade

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1.
Vianna V, da Silva Pereira RS, Almeida de Figueiredo NM, Coutinho Sento Sé A, Mascarenhas Fernandes E, Alves Machado WC. Barreiras de acessibilidade e mobilidade urbana para atendimento em centro especializado de reabilitação física. Rev Port Enf Reab [Internet]. 16 de Dezembro de 2021 [citado 20 de Abril de 2024];5(1):5-14. Disponível em: http://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/190

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Resumo

Introdução: Este estudo teve como objetivo compreender a percepção de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida quando se deparam com barreiras de acessibilidade para atendimento em um centro especializado de reabilitação.
Metodologia: Estudo qualitativo descritivo-exploratório, realizado em 2019, com 90 utilizadores do programa de reabilitação física da Região Metropolitana I, do Rio de Janeiro, Brasil. A colheita de dados realizou-se através de entrevistas semiestruturadas e foram analisados com base na análise de conteúdo, abordagem temática.
Resultados: Os depoimentos convergiram em duas categorias, que evidenciaram as precárias condições de acessibilidade nas calçadas, ruas, nos transportes públicos, constituindo fatores determinantes para o aumento da dependência das pessoas para se locomover.
Discussão: Os relatos dos participantes deste estudo revelaram que o enfrentamento diário de barreiras arquitetónicas e atitudinais comprometem diversos aspectos. A falta de empatia dos outros, as precárias condições de manutenção nos transportes públicos, contribuem para que as pessoas se sintam desrespeitadas, invisíveis, excluídas no direito fundamental de ir e vir. Conclusão: Constatamos que os participantes enfrentam barreiras arquitetónicas e atitudinais inaceitáveis do ponto de vista social e inclusivo, agravadas por comportamentos desrespeitosos e transgressores das leis, da falta de planeamento de mobilidade urbana, comprometendo ganhos funcionais para sua independência no direito de ir e vir.

https://doi.org/10.33194/rper.2021.190
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