Resumo
EDITORIAL
Depois de um ano difícil para todos os cidadãos, onde os efeitos da pandemia umas vezes estão evidentes, outras vezes ocultos e talvez ainda com consequências tardias incalculáveis, poderíamos dizer que para a revista os efeitos foram muito positivos. Seria impensável no início do ano prever a necessidade de publicar dois números extra: um centrado em estudos de caso e outro das vivências da pandemia. É o momento de agradecer a todos os colegas que têm partilhado as suas pesquisas, reflexões, casos, revisões e esperar que outros fiquem motivados, pois queremos fazer a diferença enquanto enfermeiros de reabilitação; só assim demonstramos que a nossa especialidade tem matéria para ser autónoma, com conhecimento específico identificado, que garante sustentabilidade científica às competências específicas para as quais fizemos formação e desenvolvemos práticas profissionais.Evoluir no conhecimento em enfermagem de reabilitação exige que cada enfermeiro partilhe e sustente teoricamente as suas práticas e a melhorforma de o fazer é divulgar junto da comunidade.Neste número, de fecho do ano, temos um conjunto de artigos que percorre o ciclo vital mas também reitera que os enfermeiros desenvolvem técnicas muito específicas, tais como a utilização de técnicas da medicina tradicional e complementar, o exercício físico, a educação postural em crianças em idade escolar, mas também programas ou resultados de intervenções tais como pessoa com AVC em processo de reabilitação, impacte da reabilitação respiratória na pessoacom DPCO ou ainda a reabilitação no contexto da UCI.Estudos sobre a segurança do doente tornam-se visíveis na abordagem dos artigos sobre quedas e fragilidade, o que acresce valor para a intervenção dos enfermeiros de reabilitação. A identidade patológica predominante neste número é o acidente vascular cerebral sendo abordado em diferentes perspetivas.Surgem ainda, com ênfase, doisartigos sobre a problemática da inclusão, o que abre a porta à forte possibilidade de uma área de trabalho junto das autarquias, quer na perspetiva de consultores ou ainda de provedores da pessoa com deficiência. Verificamos também neste número a existência de um esforço dos enfermeiros para teorizarem sobre as suas intervenções e neste sentido surgem: Reconhecimento do outro para o trabalho efetivo do enfermeiro de reabilitação a partir de uma reflexão filosófica e a enfermagem de reabilitação como processo emancipatório.Estamos a encerrar um ciclo onde podemos dizer que o objetivo de publicar dois números da revista, com dez artigos cada, o que representava 20 artigos por ano, redigidos por enfermeiros de reabilitação, foi superado. Podemos dizer também que o segundo objetivo, que se prende com a indexação, tem vindo a ser progressivamente atingido e, neste momento, a revista apresenta-se em várias bases de dados: Google académico (2018); Biblioteca Nacional de Portugal (2018); Citefactor (2019) FI=0,08; Directory of Research Journals Indexing (2020); Researchbib (2020). Estamos perante um novo desafio, passar para uma nova plataforma que nos garanta maior segurança e facilidade nas revisões cegas e, desta forma, evoluir para a indexação em bases de dados de melhores fatores de impacto. Satisfeitos com o nosso trabalho e com todos os que contribuíram para os nossos objetivos (autores dos artigos, revisores, apoio gráfico e a staff da APER), só nos resta agradecer e desejar a todos um Bom Natal e um Feliz Ano de 2021.
MARIA MANUELA MARTINS
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Direitos de Autor (c) 2020 Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação
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