Resumo
A Cirurgia abdominal e a confeção de um estoma provocam um trauma na musculatura abdominal.
A qualidade de vida e a adaptação da pessoa com ostomia estão condicionadas pelas complicações que eventualmente possam surgir no período pós-operatório. Entre as complicações das ostomias, as hérnias paraestomais são as que apresentam uma maior incidência, tornando-se assim essencial o desenvolvimento de intervenções direcionadas especificamente para a sua prevenção.
Grande parte das complicações podem ser evitadas com a execução de um programa de exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal e pélvica previamente, principalmente nas pessoas com ostomias definitivas estes tipos de exercícios poderão proporcionar melhor qualidade de vida e, desta forma, diminuir as taxas de complicações e os dias de internamento.
A Associação de Enfermeiras de Estomaterapia do Reino Unido em 2016(1) recomendou que os ostomizados fossem sujeitos a um programa de exercício abdominal apropriado após a cirurgia para fortalecer a musculatura abdominal e reduzir o risco de hérnia.
O processo de ensino/aprendizagem do ostomizado deve começar no pré-operatório, com a finalidade de este conseguir uma adaptação mais célere às mudanças necessárias no seu do estilo de vida, assegurando assim uma gestão mais eficaz do seu regime terapêutico e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
Referências
Association of Stoma Care Nurses UK. (2016). National Clinical Guidelines. Disponível em: http://ascnuk.com/wp-content/uploads/2016/03/ASCN-Clinical-Guidelines-Final-25-April-compressed-11-10-38.pdf.
Bland C, Young K. Nurse activity to prevent and support patients with a parastomal hernia. Gastroenterol Nurs. 2015 Dec 2;13(10):16-24.
Carlsson E, Fingren J, Hallen AM, Petersen C, Lindholm E. The Prevalence of Ostomy-related Complications 1 Year After Ostomy Surgery: A Prospective, Descriptive, Clinical Study. Ostomy Wound Manage. 2016 Oct;62(10):34-48. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27768579
Melo, F., Melo, C., Lindo, T., Bernardes, A., Pimentel, J., Oliveira, F. Prevenção de Hérnia Para-estomal com Prótese: a favor do seu uso por rotina. Rev Port Coloproctol. 2014;11(2):5-8.
Târcoveanu E, Vasilescu A, Cotea E, Vlad N, Palaghia M, D?nil? N, Variu M. Parastomal hernias–clinical study of therapeutic strategies. Chirurgia. 2014;109(2):179-84..
Meleis AI, Sawyer LM, Im EO, Messias DK, Schumacher K. Experiencing transitions: an emerging middle-range theory. Adv Nurs Sci. 2000 Sep 1;23(1):12-28.
Thompson MJ. Parastomal hernia: incidence, prevention and treatment strategies. Br J Nurs. 2008;17(2):S16-8.
Varma S. A healthy lifestyle for the ostomist in relation to exercise. Br J Nurs. 2009 Sep 24;18(Sup6):S18-22.
Pérez García M, Mateos R. Prevención de la aparición de hernia paraestomal. Metas Enferm. 2016;19(4):55-9.
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Downloads
Acessos ao Resumo | 1039 |
---|
613 |
---|
PDF (English) | 91 |
---|