Ganhos com o programa de reabilitação e ensino à pessoa com insuficiência cardíaca (Programa REPIC)
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Palavras-chave

enfermagem de reabilitaçao
insuficiência cardíaca
autogestão
autocuidado

Como Citar

1.
Pestana SM da C, Vermelho ACMA, Martins MMFP da S. Ganhos com o programa de reabilitação e ensino à pessoa com insuficiência cardíaca (Programa REPIC). Rev Port Enf Reab [Internet]. 27 de Janeiro de 2023 [citado 12 de Novembro de 2024];6(1):e213. Disponível em: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/213

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Resumo

Introdução: Apesar dos avanços no tratamento, a insuficiência cardíaca é uma doença crónica, cuja incidência aumenta com a idade. Os internamentos por descompensação mantêm-se elevados, pelo que é crucial priorizar estratégias para a autogestão, tais como o ensino, o acompanhamento e os programas de reabilitação cardíaca. Face ao exposto, este estudo teve como objetivo verificar o impacto do programa REPIC na qualidade de vida, nível de conhecimentos e adesão ao exercício físico.

Metodologia: Estudo quantitativo com desenho antes-após de grupo único realizado numa amostra de 110 pessoas com insuficiência cardíaca, sujeitos a um programa de reabilitação e educação para a saúde durante o internamento e com follow-up telefónico, ao final de um mês, seis meses e um ano após a alta clínica.

Resultados e Discussão: A maioria dos participantes são do sexo masculino (66%) e a amplitude da idade varia entre 30 e 89, com uma média de 64,3 anos e um desvio padrão de 14,4. A análise dos dados evidenciou uma melhoria estatisticamente significativa no conhecimento sobre a doença, bem como na perceção da qualidade de vida nas dimensões mobilidade, cuidados pessoais, atividades habituais e nível geral de saúde (p=0,01). O incremento no tempo de exercício físico após o programa REPIC foi confirmado com resultado estatisticamente significativo [t (109)=6,03; p=0,019]. Os resultados obtidos demonstram os benefícios da educação para a saúde e do acompanhamento telefónico de enfermagem, nomeadamente a melhoria no nível de conhecimentos sobre a doença, na qualidade de vida e na adesão ao exercício físico.

 Conclusão: O programa REPIC permitiu reforçar o processo educativo, potenciar os comportamentos de autogestão, melhorar a qualidade de vida e aumentar a duração do exercício físico.

https://doi.org/10.33194/rper.2023.213
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