A criança com Dispneia no serviço de urgência: Dados epidemiológicos para intervenção dos enfermeiros de reabilitação
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Palavras-chave

Reabilitação; Doenças Respiratórias; Cuidados de Enfermagem; Criança; Adolescente; Ensino

Como Citar

1.
Rebelo Lopes de Moura MI, Lima Martins JE, Ribeiro OM. A criança com Dispneia no serviço de urgência: Dados epidemiológicos para intervenção dos enfermeiros de reabilitação . Rev Port Enf Reab [Internet]. 31 de Dezembro de 2022 [citado 28 de Março de 2024];5(2). Disponível em: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/242

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Resumo

Introdução: Os problemas respiratórios são um dos motivos mais frequentes de admissão e de readmissão ao serviço de urgência de pediatria. Este estudo pretende caracterizar as crianças que recorrem ao serviço de urgência com quadro de dispneia e refletir sobre a necessidade de intervenção dos enfermeiros de reabilitação.

Metodologia: Estudo quantitativo, retrospetivo. A recolha dos dados foi concretizada através da análise dos fluxogramas “Dispneia” e “Dispneia na criança” existentes no programa de Triagem de Manchester, num serviço de urgência de pediatria, de 2018 a 2020, tendo sido triadas 8974 crianças.

Resultados: A classe com maior número de admissões correspondeu às crianças pequenas (1-2 anos). A prioridade mais frequente foi “Pouco Urgente”. A dificuldade respiratória, a hipoxemia, a tosse e a dor pleurítica constituíram os sinais e sintomas mais verbalizados, exigindo a adoção de estratégias que os evitem e/ou minimizem.

Discussão: A atuação do enfermeiro de reabilitação é fundamental para a capacitação dos pais, de forma a reduzir a admissão ao serviço de urgência, aumentar os conhecimentos sobre a eventual patologia respiratória, minimizar a sintomatologia e capacitar as crianças com compromisso no sistema respiratório para a autogestão da doença.

Conclusão: A dispneia na criança é um problema de saúde com elevado número de admissões, sendo que o enfermeiro de reabilitação poderá apresentar um papel ativo e de elevado destaque na parceria de cuidados, promovendo o papel parental efetivo e a autonomia da criança, garantindo simultaneamente a qualidade dos cuidados de enfermagem.

https://doi.org/10.33194/rper.2022.242
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